Blog Babih Vanzella

Um espaço acolhedor, inspiracional e reflexivo

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O que você pode fazer quando você não pode fazer nada

Esse é o questionamento que mais tenho me feito desde fevereiro de 2020, quando fui obrigada a finalizar às pressas meu trabalho no hotel onde trabalhava na Itália e sair correndo com as minhas coisas arrumadas de qualquer jeito para viver a experiência até então inédita de um lockdown.

Sempre senti que a vida não estava sob o meu controle e todas às vezes em que ela parecia estar eu dei um jeito de apagar rapidinho esse esboço de estabilidade. Mas é aquela coisa, entre gostar de uma rotina em constante mutação e de fato experimentar a puxada de tapete existe um abismo.

Mas e aí. O que fazer quando estamos de mãos atadas? Pra onde fugir quando não podemos sair do lugar?

Quando percebi que tinha perdido instantaneamente qualquer garantia, passei dias preocupadíssima e empenhada em fazer o levantamento mental de todas as piores hipóteses dos cenários mais assustadores. Foi horrível, lógico.

Depois de um tempo presa nesse filme de terror e exausta de viver num universo paralelo onde todos os meus medos eram dolorosamente reais apesar de imaginários, vivi aquele que talvez tenha sido meu primeiro grande aprendizado desse processo: desisti de resistir. Aceitei, naquele momento, o fato de estar à deriva.

Desde aquele fevereiro de 2020 não tive um único dia de folga. “Nem você, nem o mundo”, sopraram aqui no ouvido as vozes da minha cabeça.

Mas tenho um pacto de vida assinado comigo mesma há pouco mais de um ano e segundo esse pacto eu posso discorrer sobre as minhas próprias experiências. E tão somente sobre elas.

Sendo assim, sim, não tive mesmo nenhum dia de folga desde então.

E se eu for listar numa lista que não vai acontecer o tanto de coisa que já vivi de lá para cá daria uma boa metragem de papel. E a maioria delas aconteceu sem que eu pudesse arrumar minha bagagem de mão de 10kg e pegar um avião low cost para a Escócia.

Talvez esse seja o meu segundo aprendizado: viajar é essencial mesmo quando viagens geográficas não são possíveis.

Acumulei um número incontável de milhas de viagem no último ano praticamente sem sair do lugar. Para manter a sanidade e canalizar minha energia para algo produtivo, estudei como há muito não estudava. Venho mantendo rotinas de estudo deliciosamente insanas e finalmente me sinto tranquila em relação a estar me movendo na direção daquilo que eu quero para a minha vida. Sem tempo para distrações externas, parei de procrastinar o que eu tinha que fazer. E aqui nem falo de trabalho num sentido clássico, pois o meu trabalho pagador de boletos eu perdi. Até segunda ordem — ou até a vacinação estar em um bom pé. Falo de missão, de compromisso, de ouvir finalmente aquela voz abafada da consciência para a qual não temos tempo de dar atenção porque estamos ocupados demais com outras coisas. Com o trabalho, por exemplo.

Descobri que se eu me dedicar realmente àquilo que eu quero, colocar empenho, foco e disciplina, consigo de fato realizar 5 anos em 1. E foi assim que todos os dias me dediquei aos meus estudos, fui buscar o conteúdo que fazia sentido para mim, li pelo menos uma dezena de livros, assisti algumas dezenas de lives e documentários e preenchi meia dúzia de cadernos com informação verdadeiramente relevantes para o meu próprio desenvolvimento. Isso vem sendo incrível.

Incorporei na minha vida algumas resoluções simples que sempre deixava pra depois: Feito é melhor do que perfeito. Coragem não é a ausência de medo. Daqui a 1 ano você gostaria de ter começado hoje. Vai lá e faz. De fato, fui lá e fiz. De mãos atadas, transformei a minha vida.

Quando acontece alguma coisa que independe completamente da nossa vontade, é de um lugar interno que sai aquilo que nos sustenta. Na maioria das vezes a gente nem sabe que essa plataforma de sustentação está lá e sequer sabe onde raios fica esse A gente simplesmente acessa.

Porque quando estamos diante de uma situação, de um momento histórico, de uma circunstância que vira a nossa vida do avesso, remove as nossas garantias e diante da qual não há nada que possamos fazer, como uma pandemia, por exemplo, a opção possível é relaxar, aceitar o tsunami e voltar a atenção para os nossos recursos internos. O que dentro de mim pulsa? Qual a minha potência? No que eu investiria o meu próprio tempo se pudesse gastá-lo tão somente com aquilo que importa?

Passado o susto inicial, descobrir o que nos sustenta por dentro quando o lado de fora está em ruínas e se dedicar a fazer esse algo crescer é a grande ferramenta para utilizar quando a gente não pode fazer nada. Porque existe algo que sempre podemos fazer ainda que impedidos de sair do lugar: reinventar a nós mesmos. E isso nunca sai de moda. Nem mesmo numa pandemia.

E aí, o que está pulsando dentro de você?

Prazer, Babih Vanzella

Sou astróloga e escritora. Minha missão é te auxiliar a despertar para as próprias potencialidades e te fazer ser capaz de tomar decisões e fazer escolhas muito mais alinhadas com a sua própria natureza e com o fluxo do Universo.

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